terça-feira, 8 de julho de 2014

UMA RÉPLICA EM POESIA

por Murilo Moreira Veras



Nesta hora, outros eflúvios espirituais me iluminam
e alguma tristeza me faz pesar o coração,
Os destinos da Pátria foram selados.
Mas a que custo?
A custo da incerteza, de enxovalhada liça eleitoral,
repleta de mentiras e desfaçatez,
enganosas falas e distorcidos fatos.
Ao invés da verdade, prevaleceu o sofisma.
Ao invés da justa palavra, valeu a ofensa, o arbítrio
de uma facção, um partido.
Ao invés da ficha limpa, venceu a ficha suja,
um registro policial derrubou um boletim de excelência escolar,
o fanatismo empanou a razão.
Vitória retumbante? Não foi,
cerca de 72 milhões se mantiveram contrários,
em vanguarda,
contra ideologia tão espúria.
Tal como os 100 espartanos que defenderam
em Telesponto a pátria grega ameaçada!
Os setenta e dois milhões somos nós
Não nos calaremos diante da infâmia,
não trocaremos a liberdade pelo estatismo,
o ferrete da neocomunização,
tributária da implantação de
um governo mundial, desumano,
totalitário,  de uma Susupertecnocracia Global.
Que não se iludam os que nos querem
alienados e mortos.
Enquanto tivermos voz, gritaremos.
Enquanto tivermos braços, lutaremos.
Nossas armas a dignidade do Saber
os caminhos da Sabedoria,
os instrumentos, o clamor da justiça,
e o Sol da Razão.
Não adianta o sorrir, mostrar-se santinha,
a malícia transluz e provem da alma.
O que nos incomoda e muito, não é a pessoa em si,
o que nos horroriza é o que está por detrás,
o monstro ideológico, a ânsia do poder,
a vacuidade e o nihilismo moral do ideário.
Não somos rebanho nem sombras errantes.
Não buscamos a salvação pelo terror e pela massificação.
Somos seres humanos marcados pelo ideal cristão,
pelo amor fraterno, a graça nos revigora e nos eleva,
nos une e nos predispõe a esperar
o Novo Reino, como cidadãos do Céu,
a viver ainda neste nosso mundo.
Meus Amigos, oxalá amanhã não nos amordaçem
a boca e não nos amarrem os pés
– e também a alma –
com os infamantes grilhões
do laicismo estatal ateu!


Bsb, 01.11.10

 

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