por Adirson Vasconcelos
Itaparica está menor. E o Brasil, também.
Perdemos João Ubaldo, que morreu
neste 18 de julho de 2014.
Seu nome completo: João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro.
Antes de tudo jornalista! Na Bahia, em Sergipe, no Rio de Janeiro, em Portugal, na Califórnia do Sul, na França e
na Alemanha. Filho de professor.
Sua consagração veio, também, pela
literatura, com o romance Sargento Getúlio, de 1971. Consta na Lista dos Cem Melhores Romances Brasileiros do Século. Quando
escreveu Setembro Não Tem Sentido era
um jovem de 21 anos.
O mérito literário de João Ubaldo o
credenciou à Academia Brasileira de
Letras, onde ingressou, em 1994, sendo recebido pelo também baiano Eduardo
Portella, para assento na Cadeira 34, patroneada por Sousa Caldas e ocupada, sucessivamente, por
Pereira da Silva, Barão do Rio Branco, Lauro Muller, Dom Aquino Correia,
Magalhães Júnior e Carlos Castelo Branco, a quem sucedeu, ao ser eleito em 1993.
Quando soube do seu passamento, o
presidente da ABL, escritor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, disse
palavras de pesar e conforto à família enlutado, aos amigos de Ubaldo e a todos
os que fazem a grandeza da Casa de
Machado de Assis.
O estilo e a espontaneidade de João
Ubaldo fazem-no parecido com Graciliano
Ramos e Guimarães Rosa. E estes, com Ubaldo. Suas paisagens e suas figuras
humanas são nordestinas. O seu bom humor é eterno!
João Ubaldo não morreu! Está vivo na
memória das gerações que o leem e nele encontram o amor pelas letras, pelo
saber e pelo espírito cívico de brasilidade. Ubaldo se fez imortal, quer na Academia quer no coração e nas mentes dos
brasileiros. O momento é de esperança!
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