quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

360graus: "Presente de Natal - Quão felizes éramos!" de Ena Galvão

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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

360graus: "Só depois da Missa do Galo" por Arlete Sylvia Mendes

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

360graus: "Soneto de Natal" por Alan Viggiano

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domingo, 27 de dezembro de 2015

360graus: "Natal, fim de ano e a vida continua..." por Murilo Moreira Veras

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sábado, 26 de dezembro de 2015

360graus: "Lembranças de Natal" por Nina Tubino

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

360graus: "O Jingle Bells de minha infância" por Jane Godoy

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Fotos da posse do José Carlos Gentili

A Academia de Ciências de Lisboa deu posse ao Acadêmico Correspondente professor José Carlos Gentili, presidente da Academia de Letras de Brasília. A sessão foi realizada no Plenário Acadêmico, sob a presidência do escritor Luís Antônio Aires Barros. Falaram dois oradores: acadêmico João Malaca Casteleiro, saudando o novo acadêmico José Carlos Gentili. Este pronunciou um discurso de agradecimento, falando de seus propósitos de trabalho e filosofia acadêmica.

Uma delegação de 12 escritores brasilienses compareceu ao evento. 

Num dos pontos de sua saudação, o escritor lusitano Malaca Casteleiro disse: "Temos hoje o grato prazer de dar as boas vindas ao ilustre intelectual brasileiro José Carlos Gentili, romancista, poeta, historiador e ensaísta, que a nossa Academia elegeu em abril deste ano como sócio correspondente da Classe de Letras. Constitui, pois, para nós uma grande honra receber nesta centenária Academia como confrade esta ímpar personalidade, que desde a fundação de Brasília, há pouco mais de meio século, tanto tem contribuído para a afirmação e desenvolvimento da nova Capital do grande país irmão. De entre os comentários encomiásticos sobre a sua obra literária merece especial referência a opinião de um ilustre membro da Academia Brasileira de Letras, Murilo Melo Filho. José Carlos Gentili combina exemplarmente as qualidades de homem de ação com as de homem de pensamento." 

Noutro momento, o novo acadêmico, José Carlos Gentili, participou, na mesma Academia de Ciências de Lisboa, do Colóquio Luso-Brasileiro, sobre "As raízes medievais do Brasil Moderno", tratando das "Relações Culturais Luso-Brasileiras".
 



 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

AVE! GENTILI, APASCENTADOR

por Murilo Moreira Veras

Homem nobre em nobre nome:
José Carlos Gentili,
José – de Gizé piramidal,
de hebraica hostes, salomônica
                         linhagem
até José, esposo da virgínica Maria,
pai de Jeshuas, o Crístico
e
Carlos – de carolínea origem
dos carolíngios, nobres e reis
de dinásticas orbes,
enfático, enérgico tal coriolano
                          vértice,
de clássicas vestes, romanas togas
                          senatoriais
e
Gentili – da Pistoia Toscana,
apóstolo argentum de Michel Ângelo,
o afago de Giulia, de Gemma
e da principesca Genovina.
Ei-lo – o escritor polifônico
do verso e do reverso,
íntimo das prazerosas letícias,
dos arquipélagos galácticos,
dos estelares caminhos
– tudo em acadêmico olhar,
história e poesia em seu partilhar
                            humano,
da infernal hifenização
à busca do ouro da razão.
Ecce Homo – o nosso homem de letras,
das gentílicas esferas:
amigo, literato, co-copartícipe,
acadêmico conciliar
José Carlos Gentili, visionário.
Ave! José,
Ave! Carlos
Ave! Gentili
– o apascentador de sonhos.

                                          Bsb, 16.12.15


"Caríssimo confrade Murilo,
fundador vivente desta Casa de Cultura.

Na noite do dia 16 do corrente, Marilene e eu, abrimos as portas de nosso recanto de viver, para receber os partícipes da comitiva que se deslocou para Portugal, quando no dia 29 de novembro pretérito, fui empossado na Academia das Ciências de Lisboa.

Esperávamos  o retorno do confrade Iran de Lima, que se encontrava na Bélgica, para agradecer  a presença de significativo grupo de acadêmicos, que para lá se deslocou,  fato inimaginável para mim.

Nesta singela reunião de júbilo, Murilo Moreira Veras, decano e um dos fundadores da entidade,ofertou-nos um poema, intitulado Ave! Gentili apascentador, acima descrito.

Publicamente, desejo agradecer ao poeta autor a mensagem recebida, eivada de forte mensagem esotérica e comportamental. 

Ave Murilo! Nossos agradecimentos!

Cordialmente
José Carlos Gentili"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O Dia de Natal

por Innocêncio Viégas

MÃE, POR QUE O SOL NASCEU MAIS CEDO HOJE?
POR QUE O VENTO ESTÁ CALMO E SONOLENTO?
QUE ALEGRIA É ESSA DOS PÁSSAROS QUE ENCHEM
O MUNDO COM LINDA SINFONIA?
OS RIOS ESTÃO QUASE PARADOS MÃE! O MAR SEM ONDAS!
AS NUVENS NÃO SE MODIFICAM NA IMENSIDÃO DO ESPAÇO!
MÃE, OS GALOS CANTAM REPETIDAMENTE COMO ANUNCIANDO ALGO INTERESSANTE!
ONDE ESTAMOS MÃE?
QUE CASA É ESTA?
PAI, QUE FAZEM AQUI ESTES ANIMAIS?
ESTÃO ME OLHANDO PAI! ESTOU COM MEDO!
FILHO QUERIDO NÃO TENHAS MEDO. ESTOU AQUI CONTIGO!
O SOL NASCEU MAIS CEDO HOJE PARA ILUMINAR OS CAMINHOS
DOS HOMENS QUE TE SEGUIRÃO.
O VENTO MESMO CALMO, EMBALA TEUS SONHOS PARA QUE VIVAS
EM PAZ COM TEUS IRMÃOS.
OS PÁSSAROS, ESSES ALEGRAM O TEU DIA INESQUECÍVEL!
OS RIOS E OS MARES SABEM QUE OS HOMENS PRECISAM
TE ENCONTRAR MAIS CEDO.
AS NUVENS ADORNAM OS CÉUS PARA ENGALANAR TEU REINO.
OS GALOS, TEUS AMIGOS, ACORDAM O MUNDO PARA QUE TE
LOUVE E AGRADEÇA.
ESTA CASA NÃO É NOSSA. ELA PERTENCE A ESTES ANIMAIS QUE
TE ADORAM COM TODA MUDEZ.
TUA MÃE E EU, VELAMOS POR TEU SONO.
MÃE, FALA COMIGO! QUEM SOU EU? QUE DIA É HOJE?
FILHO TU NASCESTE HOJE, TU ÉS JESUS, O CRISTO SALVADOR DO MUNDO.
HOJE É TEU DIA FILHO! DIA QUE SERÁ COMEMORADO POR TODOS
OS TEUS SEGUIDORES E SERÁ CHAMADO, O DIA DE NATAL!
QUE EM TODOS OS LUGARES DO MUNDO ESSE GRITO
SEJA OUVIDO, COM TODA ALEGRIA E MUITO AMOR.
FELIZ NATAL FILHO!
FELIZ NATAL JESUS!

FELIZ NATAL

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O COMPRADOR DE MENTIRAS: ALEGORIA OU SÁTIRA ATUAL?


Murilo Moreira Veras


Evaldo Feitosa, bacharel em Direito e Oficial de Cartório, membro da Academia de Letras de Brasília escreveu um romance, ou novela, sob o título “O Comprador de Mentiras”. O autor, na sua modéstia, publica-o como um simples romance, mas, na realidade, é muito mais que uma história ou estória. O que faz desse livro ter sua temática tão urgente e atual, no nosso entender? A coincidência da atualidade de seu enredo, a aplicabilidade da alegoria ou sátira ao nosso tempo, ao nosso meio, à nossa circunstância. Talvez dentro do contexto Ortega y Gasset de “eu sou eu e a circunstância” – o argumento mendaciano cabendo como uma luva no pantagruélico terreno da circunstância brasileira.
Antes de ser um comentário qualquer,  as presentes impressões objetivam fazer jus à obra do autor, seu trabalho e sobretudo sobrelevar as  pesquisas que empreendeu na elaboração de seu romance/novela.
Atentamos para dois itens principais no livro do autor: seu desenvolvimento e sua exegese.
O primeiro aspecto é seu enredo, a trama, o desenrolar da estória ou história, como o autor expõe sua obra inventiva, aspecto esse que implica o âmago do acontecer, a engenhosidade. E é de ver-se que o fio da meada neste “O Comprador de Mentiras” é singular, podemos até assegurar propedêutico por propor ensinamentos. Se, em tese, consideramos o livro uma alegoria, cediça a uma sátira, seu enredo parece-nos exemplar, com todos os requisitos ali expressos: o jocoso, o engodo com todos os trapaceiros, a surpresa final. E como sátira – que também o é – os elementos de transposição do imitatio para o terreno da realidade. Há uma ocorrência inusitada na cidade (qualquer cidade) em que um indivíduo, então desconhecido, anuncia ostensivamente que compra mentiras. Seus habitantes logo se habilitam e assim, diante do comprador incógnito, desfilam os diversos representantes daquela sociedade, o advogado, o padre, o pastor, o político, o médico, o cabeleireiro, a prostituta e o comendador. O pagamento oferecido é feito mediante apuração em  “estrovenga” tecnológica, o candidato vende suas mentiras, o computador de última geração avalia e computa e o comprador, sempre incógnito, de quem só se ouve a voz metálica, paga in cash, na hora, o beneficiado sai satisfeito, bem pago, ou insatisfeito, mal pago. O advogado com suas mentiras jurídicas justifica a processualísticas que faz do direito uma alquimia.   O político sai de certo modo ínclito, suas mentiras se equalizam com a sociedade, que o elegeu. Os religiosos, Padre e Pastor, têm suas mentiras empatadas, porque mentem em benefício do Reino, desde que não se locupletem vendendo a fé que praticam, no fim acabam se igualando e tornam-se até amigos. O cabeleireiro vende suas inverdades, mas proíbe a fofoca, no seu salão, para não competir com seus adversários, mantendo-se ileso. O médico, cujo nome é Acérrimo, suas mentiras são humanitárias, por visarem proteger a saúde do paciente, mas não evitam a morte. Já a mulher de vida fácil, arrolada entre as profissionais mais antigas do mundo, demonstra sua habilidade e acaba sendo aplaudida. Mas o Comendador – o prodigioso surdo-mudo de dois corações, Mendacium Mentax Júnior – este ganha uma fortuna com suas mentiras semióticas.
Mas acontece que a ocorrência gerada pela estrambótica compra das mentiras não fica impune, pois o imbróglio é levado às barras da justiça e acaba objeto do tribunal de jure. O Comprador de Mentiras é considerado estelionatário, na verdade um ladrão, embora quem roube de ladrão, tenha cem anos de perdão. Então, em juízo, mediante toda a parafernália jurídica, de acusação, defesa e jurados, todos os vendedores de mentiras são levados a depor, as razões de suas ações e porque demandaram a justiça. Cada qual faz sua defesa particular, o inquiridor é o próprio comprador, investido de “advogado do diabo”. E fica decidido, em juízo, que o maior mentiroso do mundo é o Comendador Mendacium Mentax Júnior, surdo-mudo, com dois corações.  
Ora, ocorre  que todos agora querem suas mentiras de volta. E agora? Quem é o culpado, responsável pela “compra”  tempestiva das mentiras da comunidade? Claro, o monstro inaudito chamado Comprador de Mentiras. Mas o sujeito desaparece repentinamente. E agora a justiça tem o dever de prender o culpado. Dever a cargo do Dr. Delegado Feitosa, que para solucionar tão inusitado caso, recorre nada menos que à filosofia do grande Santo Agostinho, para enquadrar o criminoso e fazer justiça. E as “mentiras”, já adquiridas pelo Comprador, serão devolvidas?
Então surge o fantástico, o extraordinário. O Delegado persegue o marginal, que se transforma num monstro, em meio a uma armadilha repleta  de robôs e monstros, todos monitorados por computadores de última geração. Horror. Fantasia. Ficção científica.
Toda a trama, seu desenrolar  não se restringe a mostrar o imbróglio, o autor o faz, mas cada passo embasado em doutrina, em teoria, conceitos, justificações, em meio às arguições. E ai reside o vigor intelectual do escritor, que não nos conta apenas um conto, uma novela, ou um simples romance –  leva o leitor a fazer reflexões. Dai o fundamento, por assim dizer, da “alegoria”, da “sátira”, da “parábola”, que é expressar um ensino, o “ethos” propedêutico. Eis, em síntese, a grande tecedura de “O Comprador de Mentiras”.
Ousemos o outro lado da moeda literária do livro de Evaldo Feitosa: sua exegese.
O que o autor quer dizer com essa alegoria? Recordemos, a propósito, que a alegoria é uma representação de um objeto (ou situação) para significar outro (ou situação). Vejamos, por exemplo, a alegoria de “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. É toda uma encenação para homenagear Nossa Senhora, como mediadora da salvação dos seres humanos, contada à maneira da tradição nordestina, brasileira e cristianizada. A “Revolução dos Bichos”, de Jorge Orwell, também a representação de uma realidade que disfarça na verdade outra, refere-se a  outra realidade., no caso  a Revolução Russa, a implantação da ideologia comunista. Poderíamos citar outras. “A Cidade do Sol”, de Campanella, como seria o mundo sob nova ordem, não material, mas espiritualizada; a “Utopia”, de Thomas More, proposta de um regime solidarista cristão. Os gêneros literários considerados epopeias, como as de Homero (Ilíadas e Odisseia), também a “Metamorfose” de Ovídio e “Eneida”, de Virgílio, se examinadas com mais profundidade, talvez encontremos em seus mitos e metáforas, muita coisa de raiz alegórica. isto é, fatos significando outros fatos. Ora, estudiosos e eruditos já consideram hoje a mitologia como fonte primeira do próprio cristianismo.  Os mitos, portanto, podem expressar alegorias, simbolismos.
Em “O Comprador de Mentiras” todo o cerne da alegoria repousa na mentira. A mentira é o centro do universo. Esta “mentira” que tem uma enciclopédia de sinônimos (ver Dicionário de Sinônimos da Editora Porto, Portugal : aleive, burla, falsidade, ludibrio, endrômina, lorota, mendacidade, etc.) Na alegoria, o autor transcendentaliza a mentira nas teses de Santo Agostinho: “Sobre a Mentira” – De Mendacio, ano de 395; e “Contra a Mentira” – Contra Mendacium, 420. Nestes dois tratados, Agostinho esgota o assunto.
No livro, as teorias de Agostinho são contextualizadas no desenrolar do jure e quem as expende, de cátedra, é o Dr. Delegado Feitosa (homônimo do autor?).  E à medida que ocorre o jure, com toda sua processualística, o Delegado vai dando aula sobre a mentira com base no bispo de Hipona.
Não é difícil encontrar similitude entre o imbróglio alegórico e realidade atual, inclusive a que o País vive no momento. É a mentira reinando soberana em todas as camadas das sociedade. Inclusive no âmbito do judiciário ou da constituição e dação da justiça. Haja vista que, no final, desvenda-se que o grande comprador de mentiras é o próprio juiz da cidade, Dr. Rivail.  Desse modo, a figura da alegoria contida no  romance/novela do autor pode significar uma grande metáfora “in extensis”, isto é, que uma situação fictícia, de caráter enganoso, toma lugar à verdadeira realidade, talvez imitativa daquela simbologia já preconizada por Platão, quatro século antes de Cristo, em sua célebre “Alegoria da Caverna”.
Quem sabe nós, que nos arrogamos tanto de construtores da modernidade, não estamos sendo conspicuamente enganados quando queremos distinguir, entre as sombras de nossas indigência espiritual, os fatos que justificam a realidade meridiana do sol?
Era o que queríamos dizer sobre esse tratado simbólico de uma fantasia anunciada do escritor e jurista Edvaldo Feitosa, que, de grado e em boa hora, nos dá a lume.
                                                                            Bxb, 3.12.15

terça-feira, 1 de dezembro de 2015