terça-feira, 1 de janeiro de 2019

MEU CAMINHO


Murilo Moreira Veras

Transponho a linha do Tempo
— o coração aos pulos?
Os braços buscam espaço
na quadratura do Mundo.
A vida em festa
— a vida com ou sem festa
os olhos numa profusão de Sonhos.
Viver é sonhar
como sonhar é viver
                   sempre —
Ou é o (com) viver sem trégua
                 para o Amanhã?
O Caminho é o caminho dos Homens.
Os Homens — um caminhar no limite
                 do Horizonte.
As mãos, minhas mãos, nossas mãos
esvoaçam asas ansiosas,
                  repletas de Esperança
como a realeza dos pássaros.
Não são os pássaros que decantam a natureza
                   em cânticos
                   polifônicos?
Nós, humanos, é que desfiguramos
                   a lírica do cenário,
não compreendemos a pureza dos lírios
                   do campo.
Fôssemos pássaros humanos, alimentássemos
                   nós alvíssaras de Amor ao Belo
nossa vida seria uma belíssima Aventura.
Viandantes do Destino audaciosas trilhas
nossas pegadas percorreriam.
Destino é a força da obstinação
que ela nos alimente, nos fortaleça a alma.
A cada dia, um sorriso,
                    cálida lembrança
                     renascendo
o amor a deslumbrar o rosto
enquanto em passos o perfil do Destino
                      vai roteirizando.
— Luz, luz, aos meus poros urge,
cânticos novos e antigos ouso ávido
— são como écoglas ao perfil do Advento.
                       Viverei?

                                        Bsb, 31.12,19

Um comentário:

  1. Murilo querido, a sua sensibilidade na ibservação e descrição dos movimentos da Natureza são encantadores: "Nós, humanos, é que desfiguramos
    a lírica do cenário,
    não compreendemos a pureza dos lírios
    do campo.
    Fôssemos pássaros humanos, alimentássemos
    nós alvíssaras de Amor ao Belo
    nossa vida seria uma belíssima Aventura." Forte Abraço! Carinhosamente,

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