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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
ACLEBIANAS
por Murilo M.Veras
Eis-nos, mais uma vez, reunidos para
este ATO DE CONFRATERNIZAÇÃO.
Conciliábulo de esperança – eu diria – entre os homens e as letras.
É fim de ano,
hora de confraternizar com as coisas que fizemos, com os ideais que endossamos,
com os feitos realizados.
É hora de
comemorar a ágora de nossas vidas. É hora de configurar, no livro do registro
humano, nossos sonhos – os obtidos e os perdidos.
Temos o direito
de debuxar a aurora, deslindar-lhes os perfis de beleza, a estética do amor.
As portas do velho
ano de 2014 já se fecham, colhidos pelos pesados repastos do tempo, que
exauriu, pálido de finitudes.
Escancaram-se,
já, os amplos portais do horizonte, fímbrias de luz, a transluzir esperanças em
nossos olhos assoberbados de imanências diárias, imediatas, como folhas
desatadas da grande árvore de nossas vidas.
Novo Ano, novos
sonhos. Saltos lépidos? Sombras alimentadas no cerzir de nossas consciências?
O que vamos
comer. O que vamos beber, amanhã, enquanto o hoje se esvai na embriaguez
oscilante de um tempo temerário, que já transpôs o portal do passado?
OUVI – CONFREIRAS & CONFRADES.
É tempo de
letras. Recordar não é viver. Viver é recordar, sonhando, e sonhar é recordar,
vivendo.
“S’tamos em pleno mar” – reverberou o
poeta condoreiro em seu “Navio Negreiro”,
castroalvinamente.
Nós, poetas,
escritores, escribas das letras e da lei – navegamos também em pleno mar: o
grande, proceloso MAR DA VIDA.
Onde o Porto
Seguro? Navegamos? Trafegamos? Sonhamos? Lutamos? Ou embriagamo-nos de sonhos,
quimeras, a verdade a refluir no dorso da esperança?
Quem somos nós?
Vagantes? Transeuntes? Viajantes? Caminheiros?
Em sua
ingenuidade ínclita, cantou o poeta dos Lusíadas:
“Alma minha gentil, que te partiste,
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente
e viva eu cá na terra sempre triste.”
Vivamos e
cantemos. Como os pássaros que cantam por cantar, a natureza sempre em festa.
Ou como os lírios que vestem festivamente os campos?
Os outros, o
que são os outros? Saltimbancos? Companheiros? Olhos vazios ou simplesmente
ávidos que nos circundam? Amigos fraternos? Cúmplices de nossos sonhos e
memórias?
Vitupera outro
poeta, envolto em sombras, solerte:
“Sou uma sombra, venho de outras eras,
do cosmopolitismo das moneras...”
Quantos passos
imprimimos na praia de nossas vidas? O que fizemos de bom e de mal inscreve-se
no dorso arenoso da praia da eternidade. Sete vezes caímos e sete vezes nos
erguemos, como viandantes do destino.
Uma grande demiúrga
reverberou no convento onde vivia:
“A alma que se eleva, eleva o mundo...”
Mas a alma que
se rebaixa, ao contrário, rebaixa igualmente o mundo.
O mundo, este
mundo... Lições de Abismo são os
ensinamentos de um mestre do passado, narrando a queda em ascensão de seu
personagem, ele próprio, o autor, redivivo da escuridão
O bem é aquilo
com que tropeçamos de bom em nosso caminho. É a nossa circunstância invadida?
Ou somos nós que construímos nossa circunstância?
Voz fundamental
nos vem do grande filósofo espanhol que nos alerta contra a desumanização e
massificação humanas:
“Eu, sou eu e as circunstâncias...”
Somos bons ou
somos maus? Qual é o nosso legado? Pactos de sonhos? Beleza? Amor? Esperança?
Justiça? Perdão?
Nosso espelho é
o outro ou o outro nos serve de espelho por onde contabilizamos nossos
deleites, alegrias e tristezas?
Shakespeareanamente,
Marco Antonio ao incriminar o matador
do grande César, sentenciou no Senado Romano:
“O mal que os homens fazem, vive após ele,
o bem é sempre enterrado com seus ossos...”
Os elísios do
tempo já se pronunciam, com seus esgares de notívaga ingerência. E já cantam as
cotovias, quando ante a sacada florida do Amor, Romeu decanta sua Julieta, em paralisia
helênica, suaves églogas, primícias de desejo, encanto e desencanto com sorriso
de estrelas.
Fecha-se o
cenário, a aurora prenuncia-se raiar, para lobrigarmos a felicidade do dia, da
azáfama, esse conflito do viver.
Vede, vinde,
orai e vigiai que as trombetas do amanhã, no seu anímico futuro, projetam ecos
de esperança.
É preciso que
nossos sonhos se façam videiras, vinhas que nos dêem frutos, os melhores
frutos, os mais belos frutos que, nas letras, venhamos delas usufruir.
BOAS FESTAS
& FELIZ ANO NOVO.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Atividades Acadêmicas 2015
A Academia de Letras de Brasília encerrou suas atividades em 2014 no dia 04 de dezembro, com o lançamento do opúsculo com as Atividades Acadêmicas 2015, que contêm, entre outros, carta do presidente ao acadêmicos, a saudação de fim de 2014 escrita pelo confrade Lindberg Cury, o resumo das ações ao longo do ano e o calendário para 2015.
Para baixar, clique AQUI.
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