sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MENSAGEM AOS ACADÊMICOS DA ACLEB


               Ínclitos Acadêmicos.
              Por definição, Acadêmico é aquele ou aquela prosélito do insólito ofício das letras e das artes — Letras & Artes cujo escopo é a euforia e o deleite de especular sobre o Belo e a Estética.
Em o sendo assim, é de bom alvitre que, às reuniões e respectivos ágapes litero-culturais os partícipes se façam presentes, para que, ali, expendam os seus talentos e se ilustrem às oratórias dos demais Acadêmicos.
Hoje, 29.11.18, à ocorrência desse maravilhoso evento de Confraternização dos Acadêmicos da ACLEB — confesso-me ausente, não por mera escusa aleatória, o que seria descaso a essa colenda távola literária, mas, sim, movido pela circunstância do dever de saúde, em solidariedade familiar, feito que nos impõe o amor conjugal, cujo fidelidade nos é sagrada.
Atento a tais condições, das quais nenhum cidadão honrado é lícito furtar-se, é que peço me dispensarem hoje dessa superior confraria cultural.
E para me solidarizar com o Evento congratulatório em homenagem à data magna da Cristandade, a Natividade do Senhor Jesus, ouso deixar-lhes miha mensagem, simplória, mas, fluente qual arroio de esperança, cuja limpidez das águas possam influenciar os corações, como o meu próprio, quando nos rejubilamos todos com a data e os doces eflúvios que dela dimanam.
O Natal, pois, lhes seja repleto de bênçãos da Boa Nova e que cada um dos Acadêmicos, presentes e ausentes, ao lado de suas excelentíssimas famílias, enalteçam a ocasião, propícia à Oração e aos sentimentos nobres, para consigo e com o próximo, como recomendável ao bom cristão.
E acorde com a tradição e os costumes de fim de Ano, ainda felizmente vigentes, que o Novo Ano, sempre propicio e bem-vindo, nos surpreenda com boas notícias, mormente às que se referem à Pátria — agora  sob os auspícios de uma feliz mudança, que esperamos sejam esperançosas e nos façam doravante ter mais orgulho de sermos brasileiros, extensivo a toda nossa descendência.
Se assim o agimos e o fazemos, sob o cinzel das letras, os Acadêmicos da ACLEB,  encontram-se habilitados à construção do Novo Reino — que não é deste mundo, mas que podemos imitá-lo na vida e no íntimo de nossos corações.
Saudações Acadêmicas de Natal
a)    Acadêmico Murilo Moreira Veras
Cadeira nº XIV

terça-feira, 27 de novembro de 2018

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

ANIVERSÁRIO HEITOR LUIZ MURAT

CIRC-SEC Nº 37/2018
26-NOV-2018

Circular da Secretaria

A Secretaria da Academia de Letras de Brasília lembra que hoje comemoramos o aniversário do acadêmico  emérito HEITOR LUIZ MURAT, físico, doutor em engenharia de sistemas, pioneiro em artes digitais aplicadas, dedicando-se também à literatura, dramaturgia e pintura.
Pedimos que cumprimentem o confrade, lembrando que esta casa, de expressão internacional, pontifica na vanguarda acadêmica, graças ao seleto quadro, empenhado em desenvolver, no âmbito das letras, as mais diversas áreas de conhecimento, utilizando os recursos da modernidade.

                               Iran de Lima
                           Diretor-Secretário

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Homenagem em Manaus a Tarcízio Dinoá Medeiros


"Cheguei sábado, ante-ontem, de Manaus, aonde fui para receber, no dia 13, uma homenagem da Assembleia Legislativa do Amazonas à Receita, pelos seus cinquenta anos, prestada na minha pessoa.
A cerimônia  me deixou muito emocionado. Ao agradecer a homenagem, ressaltei tal emoção. Veja a plaqueta que recebi (acima).
O auditório estava cheio - o pessoal da Receita, antigos colegas da Faculdade de Economia (e um ex-professor, Saul Benchimol, com  90 anos, que fez questão de assistir à cerimônia, numa cadeira de rodas, pois engordou muito e os joelhos já não aguentam o seu peso: me deu um abraço comovido, que me emocionou...)
A cerimônia apareceu no jornal noturno da TV local, e, no dia seguinte, no "Bom dia, Amazonas" da afiliada à Globo.
Viajei para lá no dia 9, sexta-feira - pois bem, no sábado, dia 10, a Academia Amazonense de Letras e o Instituto Geográfico e Histórico (assim, Geográfico, antes de Histórico) abriram para uma visita informal de minha parte.
Estou começando a ficar vaidoso... com sana superbia.
Tarcízio Dinoá Medeiros

ANIVERSÁRIO DE EDYLCÉA De PAULA

CIRC-SEC Nº 36/2018
                                                                                      19-NOV-2018
Circular da Secretaria

A Secretaria da Academia de Letras de Brasília lembra a todos o aniversário da acadêmica EDYLCÉA De PAULA, presença destacada da ala feminina, que prima pelo conhecimento do Direito, com atuação na regulamentação da vida associativa e  significativos trabalhos jurídicos veiculados nas coletâneas.
Pedimos que enviem cumprimentos à aniversariante, o que representa manifestação de apreço, renovando a unidade na busca dos objetivos desta Casa de Cultura, que se traduzem na participação, com obras literárias, nas diversas áreas do conhecimento.

                                Iran de Lima
                           Diretor-Secretário

domingo, 18 de novembro de 2018

ANIVERSÁRIO DE WÍLON WANDER LOPES

CIRC-SEC Nº 34/2018
18-NOV-2018

Circular da Secretaria

A Secretaria da Academia de Letras de Brasília lembra que hoje comemoramos o aniversário do acadêmico WÍLON WANDER LOPES, diretor do jornal Satélite e figura destacada na comunidade, especialmente da cidade de Taguatinga, com obras publicadas de cunho histórico.

                 Pedimos que cumprimentem o confrade, lembrando que esta casa, de expressão internacional, pontifica na vanguarda acadêmica, graças ao seleto quadro, empenhado em desenvolver, no âmbito das letras, as mais diversas áreas de conhecimento, utilizando os recursos da modernidade.


                               Iran de Lima
                           Diretor-Secretário

ANIVERSÁRIO DE CARLOS AYRES BRITTO

CIRC-SEC. Nº 35/2018

         18-NOV-2018
Circular da Secretaria

A Secretaria da ACADEMIA DE LETRAS DE BRASÍLIA lembra a todos que  o dia de hoje registra o natalício  do acadêmico CARLOS AYRES BRITTO, figura das lides jurídicas, que já foi Presidente do Supremo Tribunal Federal, que se destaca na área do Direito  com oportunas intervenções, sempre veiculadas pela mídia, além de poeta de inegável e significativa  verve, cuja obra completa é ansiosamente esperada.
Vamos todos cumprimentar a  aniversariante, o que representa a homenagem devida a um cultor do Direito na busca de  objetivos que visam sempre o aprimoramento da nacionalidade, que são também os desta Casa de Cultura, que  não esquece os desbravadores do Planalto Central, e continuadores em qualquer setor de atividade.

                                Iran de Lima
                           Diretor-Secretário

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

O vovô, o netinho e o vaga-lume

por Innocêncio Viégas

A vida nos reserva vez por outra, belos momentos. Dia primeiro de novembro de dois mil e
dezoito, da Era Vulgar, chovia a cântaros, e às três da tarde a energia elétrica despediu-se , nos deixando
sem as alegrias da TV e dos aparelhos eletrônicos dos meus netos, João Gabriel e Ana Bárbara, que se
embeveciam com as pequenas telas e seus desenhos.
Quando falta energia o mundo em nosso redor fica no maior silêncio. Volta a paz dos tempos de
antanho. As crianças procuram outros brinquedos para passar o tempo.
A tarde devagar se encaminhava para a noite e nada de a “luz” chegar. Às seis horas da tarde, já
escuro, fomos para o “coração da casa”, a cozinha. Café, leite quente, pães diversos, manteiga, queijo,
presunto, broas de milho, pão de queijo, e adultos e crianças na maior alegria degustando os acepipes à
luz de uma vela postada no centro da távola. A noite chegou. Escuridão total. Saí para a porteira do
Rancho para sentir no rosto a brisa que se arrastava sobre as árvores e as pequenas plantas do jardim da
Bel. Nisso, um pequenino ponto de luz entre as folhas de uma roseira despertou a minha atenção e vi o
que há muito não via. Era um solitário vaga-lume. Logo chamei o meu neto João Gabriel e a netinha Ana
Bárbara para olharem aquela raridade nos dias de hoje. O João veio correndo e a Aninha com medo,
correu para dentro de casa. Admirado, o João perguntou:

- Vô, o que é isso brilhando ali?
– É um inseto chamado vaga-lume, respondi. Você o conhece?
– Só conheço nos desenhos e na TV, respondeu-me.
O vaga-lume parecia ouvir a nossa conversa e logo saiu voando a desenhar com sua pequenina
lanterna, na página escura da noite sem lua e sem estrelas. Foi rabiscando fogo em todas as direções como
a agradecer a Deus pela momentânea falta de luz no poste dos bem-te-vis.

O João ficou embevecido com o acontecimento, enquanto o pequenino “vigia noturno” ia
fosforeando entre as flores e nos enchia de curiosidades, emoções e saudades das minhas noites de
criança, onde não havia luz elétrica e só o candeeiro à gás de carbureto da nossa casa iluminava o terreiro
onde brincávamos, e lá no escuro do mato, em redor das casas, os vaga-lumes faziam a sua festa
povoando com suas estrelas, o céu do campo florido da nossa infância.

Enquanto estávamos naquele devaneio e eu ia conversando com o João sobre os pequeninos
luminosos, a “luz” chegou e logo se ouviu aquele grito: Ooohhh! De toda a vizinhança. Pobre vaga-lume,
encerrou o espetáculo, apagou a lanterninha e recolheu-se ao seu lar entre os galhos perfumados de nossas
roseiras.
Foi um momento ímpar. O João com os seus nove anos, vendo um vaga-lume pela primeira vez,
e eu, aos oitenta e um, revivendo os momentos que tive quando da idade dele.
O nove é um número cabalístico e o oitenta e um também o é. Se somarmos o número 8 com o
número 1, teremos o mesmo número 9, então eu e ele temos a mesma soma de idades, nove anos.
O João foi para dentro da nossa casa, ele guardará na memória aquela pequenina lanterna que
vagamundeava na escuridão do espaço. Será para ele a lanterna intermitente que iluminará os seus
pensamentos de menino, pelo resto de sua preciosa e longa vida.

São duas vidas que seguem juntas: - uma no início – 9 anos – outra no ocaso – 81 anos – mas
ambas ainda vivendo experiências e saudades.

Voa vaga-lume, e vai iluminando a estrada de nossas vidas, vidas que seguem irmanadas na
escuridão passageira desta vida: - do vovô, do netinho, e de você também, fosforescente vaga-lume.
O bom Deus, nosso pai, disse:
– Faça-se a Luz!
E a luz foi feita.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

ANIVERSÁRIO DE REIS DE SOUZA

CIRC-SEC Nº 32/2018
06-NOV-2018

Circular da Secretaria

A Secretaria da Academia de Letras de Brasília lembra que hoje comemoramos o aniversário do acadêmico EméritoREIS DE SOUZA, diretor da Revista da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias e autor da Antologia de Poetas e Escritores do Brasil, além de outras obras, inclusive políticas.

                 Pedimos que cumprimentem o confrade, lembrando que esta casa, de expressão internacional, pontifica na vanguarda acadêmica, graças ao seleto quadro, empenhado em desenvolver, no âmbito das letras, as mais diversas áreas de conhecimento, utilizando os recursos da modernidade.


                               Iran de Lima
                           Diretor-Secretário

sábado, 3 de novembro de 2018

POEMA ACOMPANHADO DE ANJO

"O POEMA DA SAUDADE DOS ANJOS arrebatou-me, tanto que nele me inspirei para deixar fluir outro de minha simplória lavra."

 Murilo Moreira Veras

ERAS — NÃO ME REPRESENTAM
AO SABOR DAS MONERAS DA EVOLUÇÃO
POIS SOU CRIATURA REPOSITÓRIO DA CRIAÇÃO

CADA DIA ME RENOVO, PERVAGANDO CAMINHOS
OS CAMINHO DEFINIDOS À ÉGIDE
DA VERDADE E DA RAZÃO

ÍNTEGRO PERCORRO AS PEGADAS DA SAUDADE,
PONDO  E ME DISPONDO A ME VIGIAR
DOS ERROS E DEFEITOS
QUE ME AFASTAM DO BEM VIVER

SEMPRE SOU AQUELE QUE SOU

FELIZ TAMBÉM PELA ROTINA,
ENFRENTO A VIDA HUMILDEMENTE
COM A TRANQUILIDADE INTRÉPIDA
DE UM BOM SONHADOR

SE O ROSTO  MÁGOAS ESCONDO

RETENHO-AS COMO OS BONS O FAZEM
PARA QUE NO MEU RETRATO
TIBIEZA E INSENSATEZ, ALI, MORADAS NÃO FAÇAM

                    SOU O MESMO, SIM, APENAS TRAGO

A MÁCULA DA VIDA,
VIANDANTE QUE ESTOU,
O MEU ANJO DA GUARDA ME ACOMPANHANDO,
AQUELE QUE O CORAÇÃO ME RESGUARDA

ASSIM, ESPERO O RESGATE FINAL
QUE ME LIBERTARÁ DA MATÉRIA IMANENTE
E ME TRANSCENDERÁ À LUZ ETERNA
DO CRIADOR UNIVERSAL.







POEMA DA SAUDADE DOS ANJOS

José Carlos Gentili

PROVENHO DE OUTRAS ERAS
DOS TEMPOS DAS MONERAS
DO MUNDO REAL DA SOLIDÃO!

SOU EU DE NOVO! NOVAMENTE!

PERAMBULO SÓ, ANDO, VAGO,
A ESMO E SEM RUMO, DIVAGO,
NO DESVARIO DA VIDA, PERDIDO.

SOU EU DE NOVO, SEMPRE!

QUEM SABE?  SE SABES DA SAUDADE
ATÉ MAIS DO QUE EU DA FELICIDADE,
PELOS CAMINHOS  DA SIMPLICIDADE.

SOU EU DE NOVO, CRIATURA!

RIO COMO QUEM RI DE SI MESMO,
FELIZ, SORRIDENTE, APAIXONADO,
LÁGRIMAS NO ROSTO, SEM MEDO.

SOU EU DE NOVO, FINALMENTE!

NAVEGO PELA IMENSIDÃO DO SER
NO FLUXO E REFLUXO DA PAIXÃO,
SOLITÁRIO COM A MINHA SOLIDÃO.

SOU EU DE NOVO, MINHA GENTE!

SOU EU NOVAMENTE, ASSIM, SEMPRE,
À CATA DE ANJOS, FELIZ  E VIAJANTE
NESTE UNIVERSO ATROZ  E  DEMENTE.