quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ariano Suassuna na Visão de Adirson

por Adirson Vasconcelos

O Brasil reverencia a vida e a obra de Ariano Suassuna.
Depois de 87 anos de inestimáveis serviços à cultura brasileira, é convocado, em 2014, no dia 23 de julho, para uma aula-espetáculo nos paramos celestiais.
Paraibano radicado no Recife, Ariano é o autor do Auto da Compadecida, de projeção internacional, seja pelas traduções pelo mundo afora seja pelas imagens da televisão ou do cinema.
Membro da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira 32, a partir de 1990, sendo recebido pelo também nordestino Marcos Vinicios Vilaça.
O presidente da Casa de Machado de Assis, escritor Geraldo Holanda Cavalcanti, logo ao receber a notícia, expressou palavras de solidariedade à família, aos membros da ABL e à multidão de amigos e admiradores do consagrado dramaturgo, destacando e valorizando o significado do trabalho de Ariano no resgate da cultura sertaneja e nordestina, através de obras imorredouras.
O crítico Sábato Magaldi considerou o Auto da Compadecida “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”. Autor, também, de A Pedra do Reino, A Farsa da Boa Preguiça, Torturas do Coração. Da Compadecida, ninguém esquece o João Grilo e Xicó! Deu mais um título a Nossa Senhora, a Compadecida. Em 2014, estava escrevendo O Jumento Sedutor.
Para Ariano Suassuna, “a vida é uma coisa bonita; um espetáculo bonito”. Conhecemo-nos, na década de 1950, apresentados pelo jornalista Antonio Camelo e pelo poeta Mauro Mota, na porta do centenário Diário de Pernambuco. Tinha paixão pelas coisas do Brasil, pelo povo brasileiro. Sempre de bom humor. Vivia a simplicidade de um homem sertanejo. Sua esposa, dona Zélia, foi sua fonte de inspiração, de incentivo e de disciplina, principalmente. Em tudo o que fazia, colocava entusiasmo, paixão. Amigo, principalmente dos jovens, que eram seus discípulos. Um retrato de Ariano é bem feito no documentário O Sertão, O Mundo de Ariano Suassuna, do cineasta Douglas Machado, apoiado pela ABL.
Deixa uma obra. É o seu legado a esta e outras gerações. Já está na História. Ariano Suassuna é imortal!

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